O
corpo é um instrumento de experimentações, com ele é possível trocar, difundir,
extrair, comprimir, isto é, promover potencialidades cênicas. Assim, a oficina
Corpo – Ambiente/Sociedade tinha como objetivo desenvolver a partir das
inquietações de cada participante, partituras de um corpo social cênico. Dessa
forma, a oficina foi mediada pelo Grupo de Teatro Faces Jovem no estado de
Roraima através da circulação do espetáculo Alice
do programa Sesc Amazônia das Artes – 2018.
A oficina foi mediada da seguinte
forma: por meio de uma roda de conversa, a ideia era mapear as visões de mundo,
as inquietações e angustias de cada participante. Depois, a turma foi separada
em quatro grupos de 12 pessoas, cada grupo ficou responsável por montar uma
fotografia com um número determinado de bases no chão, explorando assim suas
limitações.
Para
um exercício final da oficina, cada grupo deveria montar uma performance.
Assim, após assistir aos resultados foi possível perceber que a cada
apresentação o público reagia de uma forma diferente. E isso, se tornou muito
potente em cena.
Em
linhas gerais, o nosso corpo reage, muitas das vezes, diferente do que
programamos, pensamos, ou seja, pensando por essa perspectiva, é libertador
perceber que eu posso deixar meu corpo no controle e não pensar o tempo todo,
ter um corpo espontâneo, vale mais que ter um corpo criativo, neste caso.Pois,é
impressionante ver como o nosso corpo é espontâneo e orgânico, de como ele por si
próprio corresponde a uma música, por exemplo. No entanto, é preciso apenas
estar aberto, disponível em cena.
Por
fim, a oficina é uma contrapartida da circulação do espetáculo Alice no Sesc Amazônia das Artes – 2018
e promoveu em mais uma cidade, troca, afetos e atravessamentos através da
oficina Corpo - Ambiente/Sociedade.