O ator e ativista cultural Anderson Flores foi
homenageado com a inauguração de uma sala que leva seu nome no Cine Teatro
Cuiabá, nesta última sexta-feira (22), às 19h. O novo espaço cultural, voltado
para espetáculos de pequeno porte e atividades de formação, presta uma
homenagem ao artista e servidor da Secretaria Estadual de Cultura (SEC),
falecido prematuramente em 2016.
A reforma e adaptação do espaço
do mezanino do Cine Teatro busca otimizar o uso deste equipamento cultural e
faz parte das ações da Associação Cena Onze e MT Escola de Teatro, gestores do
espaço e do programa, selecionados por meio de chamamento público.
A inauguração da sala em
homenagem a Anderson foi composta por uma vasta programação chamada “Primavera
com Flores”, que conto com uma série de atividades culturais realizadas até o
dia do dia 22 ao dia 24 deste mês.
No dia 22, após a solenidade de
inauguração, foi exibido o curta Réquiem para Flores. O filme, concebido
originalmente como Contrata-se um Justiceiro, também é uma homenagem a
Anderson, que trabalhava no projeto.
Profissional das artes cênicas,
Flores participou do Grupo de Teatro Experimental de Alta Floresta, atuou como
ativista cultural e como coordenador de interiorização da Secretaria de Estado
de Cultura, deixando seu legado para a cultura mato-grossense ao participar da
criação e manutenção de ações culturais como o Circuito de Festivais de Teatro,
Circula MT e a MT Escola de Teatro.
Artistas e amigos de Anderson
Flores fazem parte da programação dos três dias que homenageiam um dos maiores
impulsionadores da cultura mato-grossense. O projeto é uma iniciativa do
Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura
(SEC), que administra o Cine Teatro Cuiabá via contrato de gestão compartilhada
com Associação Cultural Cena Onze.
Ainda na programação o Grupo de Teatro Primitivos de
Primavera do Leste/MT apresentou o espetáculo “Quando você chorava lendo o
pequeno príncipe” é uma homenagem ao amigo FLORES.
Sinopse:
Naquele tempo a gente sentava, tomava café e falava das coisas da vida, de como
era preciso aproveitar essa cortina densa de problemas que caminhar traz.
Quando você chorava lendo O Pequeno Príncipe, ficávamos todos seguros de sua
presença, de sua voz e de seus olhos verdes que clareavam peitos e caminhos.
Jogávamo-nos em risadas compridas e altas, que incomodavam os sisudos – como você
também era um – ou qualquer desavisado que não entendia da felicidade de estar
entre amigos... Seguro. Depois vieram as notícias ruins, o caos dos lugares e
uma flecha de saudade que varou o peito (piegas, sabemos... mas você chorou
lendo O Pequeno Príncipe, não está em posição de dizer nada) Você não está mais
aqui... É difícil aceitar. Voou para outro planeta (onde o teatro e melhor,
esperamos) e deixou como trigo, o verde dos seus olhos e a xicara de café (sem açúcar),
esperando uma boa conversa, onde você diz que chorou lendo um livro qualquer e
rimos disso até os lábios cansarem.